Ao perceber que o momento de reconciliação entre mãe e filha havia se encerrado, Victor decide entrar no quarto, agindo como se não tivesse testemunhado nada.
— Desculpa a demora — diz ele, com um sorriso tranquilo, enquanto entrega um copo para cada uma delas. — A fila estava enorme.
Ele se aproxima de Daniela para lhe entregar a bebida e, ao fazer isso, percebe algo diferente no olhar dela. Não era mais o olhar frio e cauteloso de antes, mas algo mais brando, quase como se houvesse uma pitada de admiração. Apesar de notar a mudança, decide não reagir, mantendo sua postura neutra. Com passos calmos, ele se senta ao lado de Marina.
— Parece que a minha avó não irá acordar tão cedo — diz Marina, enquanto seus lábios desenham um sorriso que ilumina o ambiente.
Victor corresponde com um olhar cheio de ternura, inclinando-se levemente para tocar a mão dela.
— Deixe-a descansar, nós não temos pressa, não é mesmo? — pergunta com um olhar sereno.
Daniela observa a interação entre os dois e pe