Dia 12 cairia num domingo.
Anelise não desistiu do casamento, apesar de toda a pressão que vinha recebendo. Confessou que não era tão corajosa como aparentava ser.
Eu também não era.
Se fosse, já teria dito para Alex sobre toda a farsa criada em torno do nosso namoro.
Eu tentei, juro.
Nos dias seguintes ao do aniversário de Ruan, eu começava com: “Preciso te contar uma coisa.” Então Alex me olhava com aquele tipo de olhar que desnudava meu corpo e parecia ler minha alma e toda a coragem que eu tinha adquirido se evaporava por completo.
Eu não podia perdê-lo.
Mas também não podia continuar com esse segredo dentro de mim. Às vezes, olhar para ele e fingir que estava tudo bem me custava caro demais.
Ele percebia. Alex sabia que nem tudo estava legal. Contudo, ao invés de me encurralar contra a parede, ele me abraçava bem apertado, cessando todos os meus medos.
Eu não o merecia.
Tinha consciência disso.
E se eu fosse corajosa o suficiente, deixaria Alex ir. Mas o amo