— Ale, morena, por favor! Ver o amor dele naquele estado, pálida e imóvel, deixava o Heitor extremamente angustiado. Entrava em desespero por não saber o que estava acontecendo com ela.
— Ale, irmã, acorda, pelo amor de Deus, acorda, maninha!! (Choro) Meu Deus, vou ligar para o papai. Heitor viu Jemy desesperado, tentando fazer uma ligação. Estava tão nervoso que mal conseguia apertar as teclas do celular. Nunca o havia visto assim. Eles eram tão unidos que vê-la naquele estado machucava o Jeremy profundamente. Jemy tentou ligar para um dos pais, mas não conseguiu, então ligou para a mãe. Isabelly estava revisando os últimos detalhes da campanha de maquiagem quando um aperto no peito a tomou, e seu telefone tocou. Era seu guerreiro. — Alô, meu amor. Disse ela. — Mamãe, ah, mamãe, me ajude. Não sei o que fazer. Disse o Jeremy soluçando. — Meu amor, por que você está chorando? O que aconteceu com meu guerreiro? Pare de chorar, acalme-se e me conte. Disse ela, preocupada. — É a Ale mamãe, ela desmaiou aqui na porta da escola e eu não sei o que fazer. — Calma meu amor, se acalme vou já para aí, se acalme por favor. — Mãe, chegou uma ambulância. Vou com o Nick e o Heitor para o hospital. Disse ele. — Vá, meu amor, para o São Lucas. Seu avô trabalha lá, peça para falar com ele. Eu já estou indo, e tudo ficará bem. Respondeu ela, tranquilizando-o. Isabelly desligou o telefone e sentiu seu coração doer. Deu um grito de completo pavor e desespero e pensou, o que aconteceu com sua princesa? Imediatamente, os dois homens mais importantes de sua vida vieram correndo para a sala de projetos: — Meu doce, o que foi? Perguntou Dominic. — Fala, minha bela, o que houve? Você está pálida e gelada. Disse Alexander. — Nossa princesa desmaiou na porta da escola, e nosso guerreiro me ligou aos prantos. Explicou ela. — NÃO! Exclamou Alec. — Vamos até eles. Propôs o Dom. — Vamos. Concordou o Alec. — Vou ver se eles foram para onde pedi. Disse Isy. — Para onde, meu doce? Questionou ele. — Para o São Lucas. O sogro está lá, né, Dom? Respondeu ela. — Vou ligar agora. Afirmou Alec. Alec ligou para o pai, que estava de plantão, e avisaram sobre o que aconteceu. O pai iria esperar a ambulância. Isy pegou sua bolsa e partiu junto com seus dois maridos, para o hospital. Ao ver sua outra metade ali desacordada, Jemy entrou em pânico. Sentiu um aperto no peito, relembrando os tempos em que sua mãe estava doente e os dois cuidavam dela. Imaginar sua linda irmã ali, imóvel, trouxe à tona as lembranças de sua dedicação à mãe, e o medo de que Ale pudesse adoecer da mesma forma que assolava seu coração. Estava aterrorizado. Jemy a acompanhou na ambulância, enquanto Nick e Heitor a seguiam em um táxi. Ao chegar ao hospital, seu avô Brian, estava lá, ocupado entregando alguns prontuários. Ele o chamou, sentindo o medo tomar conta de si. Estava extremamente desesperado. — Jemy meu neto, o que houve? Seu pai me pediu para receber você aqui. — Vô, foi a Ale, ela desmaiou na escola. Jemy abraçou seu avô e chorou mais ainda estava com medo do que aconteceria: — Calma vamos cuidar dela meu neto, calma vou entrar com a maca, volto logo com notícias, se acalme-se meu amor. Tranquilizou Brian ao Jemy Brian entrou deixando Jemy com o Heitor e o Nick na recepção. Alguns minutos depois Jemy viu seus pais chegarem junto com sua mãe. Isy, com o Dom e o Alec, abraçaram o Jemy. Enquanto Heitor veio falar com Isy, Alec e Dom. — Calma meu amor, sua irmã vai ficar bem. Jeremy estava tomado pela tristeza e pelo medo em relação à sua irmã. Seu coração se partiu ao pensar nisso. Abraçou sua mãe e todos ficaram aguardando notícias. Ao olhar para Heitor, viu as lágrimas em seus olhos, testemunhando o amor que ele sentia por sua irmãzinha. Sabia que Heitor a amava muito e que faria qualquer coisa por ela, assim como seus pais fazem por sua mãe querida. Três horas depois, seu avô chegou acompanhado por outro médico para trazer as notícias. — Familiares de ALEXANDRA HERONDALE SALVATORE. — Eu sou a mãe! — Somos os pais. — Dois pais?! Perguntou o outro médico com perplexidade. — Willian depois eu te explico, mas ela tem dois pais. — Bom, depois de fazer vários exames constatamos que ela estava com uma leve anemia mas descobrimos que ela tem diabetes. — Diabetes? — Sim, diabetes tipo um, a partir de agora terá que tomar insulina todos os dias e diminuir o açúcar e poderá levar uma vida normal. — Mas esse é apenas o problema da minha filhinha? — Sim senhora Isabelly. — Ela pode até ir pra casa já! (DIABETES TIPO 1) Doença crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Geralmente, ocorre na adolescência.Comum casos por ano: Mais de 150 mil (Brasil) O tratamento pode ajudar, mas essa doença não tem cura. Requer um diagnóstico médico. Sempre requer exames laboratoriais ou de imagem. Crônico: Pode durar anos ou a vida inteira. Crítico: Necessita de atendimento de emergência. Na dieta para diabetes deve ser priorizado o consumo de alimentos ricos em fibras, como frutas, com casca, vegetais frescos e cereais integrais, que devem ser ingeridos com moderação, pois mesmo sendo saudáveis, têm carboidratos que, em excesso, aumentam o açúcar do sangue: — Alguns alimentos para ela nesse início. Frutas frescas: O alimento in natura, como maçãs, bananas, laranjas, peras, tangerinas e pêssegos. Grãos integrais. Pão 100% integral ou muffins ingleses. Oleaginosas. Ovos e laticínios. ... Vegetais. — Assim ela pode ter vida normal. Mas a insulina diariamente. — Obrigado Dr. podemos ver nossa menina. — Sim , aqui está a alta dela. — Meninos fiquem aqui iremos pegar ela e explicar essa nova condição. — Agora vocês três terão que cuidar dela na escola. — Claro mamãe cuidaremos dela. jemy foi junto com seus pais e sua mãe em direção ao quarto da Ale, não sabiam como ela reagiria, mas todos estariam junto com ela sempre. Cuidaram muito bela Alexandra, assim que chegaram a porta do quarto que ela estava sua mãe Isy, bateu na porta: — Entre. — Oi filhinha. — Oi mamãe. — Oi papai. — Oi princesa. — Oi docinho. — Como você está, minha linda? — Estou enjoada mamãe, quero ir pra casa. — Você irá, vou te ajudar trocar de roupa e vamos pra casa você está de alta. — Cadê os meninos? — Estão lá fora os dois! — Está bem, podemos ir embora já, odeio hospitais. Me faz lembrar da senhora doente mamãe. — Isso já passou minha preciosa. Vamos sim pra casa, mas antes preciso te falar algo. — E o que houve comigo mamãe? Ale sentia-se abalada, pensando que estaria doente para o resto da vida. Seus olhos ardiam e lágrimas escaparam quando ouviu o que sua mãe disse. Seu pai, Alec, a pegou no colo, e nesse momento, ela chorou ainda mais. Sentiu-se como um bebê, seguro nos braços do pai. Amava seus pais intensamente e cresceu com os três sempre muito próximos. — Estou com medo, papai. Seu Dom veio até os dois e acariciou a cabeça da Ale e tentou tranquiliza-la: — Eu sei meu docinho mas, estamos aqui com você e está cheio de gente que te ama e ficaremos juntinhos está bem, e seu avô ficará perto, seu médico é amigo dele. — Depois de marcaremos uma consulta, agora vamos pra casa. Saíram os quatro de mãos dadas, porém, ao avistar seu irmãozinho sentado com o rosto inchado e os olhos vermelhos de tanto chorar, Ale correu até ele, esquecendo que estava em um hospital. — Maninho! Exclamou ele. — Aleeeeeee! Fiquei com tanto medo, mana. Lembrei da mamãe! Disse o irmãozinho. — Eu sei, não chore mais, está tudo bem. Tranquilizou-o. — Agora está tudo bem, vamos para casa? Sugeriu seu pai Dom. — Vamos!", concordou o irmãozinho. Ale olhou para o lado e viu Nickolas e Heitor sentados. Quando Heitor se levantou e se aproximou dela, Ale só conseguiu pensar em uma coisa, ou talvez não tenha pensado em nada e nem se dado conta de onde estavam, e então deu seu primeiro beijo. Foi um beijo delicado, mas repleto de sentimentos. Sentir os braços de seu amado envolvendo-o e o mundo parecer parar. "O beijo e vários pensamentos." Quando Ale abraçou Heitor, ele pôde sentir o amor dela por ele. Desde que eram bebês, ele a defendia de Nick, que costumava fazê-la chorar. Cresceram juntos, mas quando se mudaram para outro país com os pais, Ale chorou de saudades de Heitor. Foi nesse momento que ele percebeu que ela o guardava em seu coração, sempre e para sempre. "Quando Alexandra beijou o Heitor, Nick sentiu uma dor no peito, um aperto. Nick pensava o que estava acontecendo com ele? Ele e a Ale sempre se odiaram, ele nunca gostou dessa garota. Nick sempre foi livre, mas se sente mal ao vê-los se beijando com tanto carinho. O que está acontecendo com o Nick?" Ver sua menina apaixonada não surpreendeu a Isy. Ela sabia que eles se gostavam um do outro, só precisava descobrir como seria agora entre os dois. Isy olhou para Alec e viu seus olhos brilhando. Sabia que ele também via o amor constante entre os dois. Por outro lado, viu um Dom irritado. Nunca o havia visto assim antes, e sabia que seria difícil convencê-lo a aceitar sua docinho namorando. Viu Dom interrompendo os dois. Ale estava com as bochechas vermelhas de vergonha, percebendo onde estavam. — Preciso ser informado sobre essa situação, aqui, não é ALEXANDRA HERONDALE SALVATORE!"