04. Dormindo no chão

– Não precisa se amostrar antes do tempo, estrelinha, ainda irei te comer nessa posição novamente.

Me ajeitei rapidamente na hidro e o vi caminhar até o chuveiro, onde entrou e mudou de temperatura. Seu päu estava duro e assim que se virou, notei a sua bundå completamente redonda. As pernas eram torneadas e suas costas eram definidas. Ele se virou novamente, ficando de frente para mim onde pude ver seu abdômen definido e aquele caminho da felicidade que levava até o seu...

– Se gostou, é só vim até aqui pegar.

– Só estou olhando para ver qual parte do seu corpo irei decepar primeiro quando eu tiver oportunidade.

Ele sorriu e passou as mãos em seu cabelo, enquanto eu tirava meus olhos daquela escultura que era o seu corpo e olhava para frente, cruzando os braços.

– E já se decidiu?

– Seu pênis mixuruca. – respondi de imediato, olhando em seus olhos, recebendo uma encarada e uma sobrancelha levantada.

– Pelo menos esse påu mixuruca te fez gozar inúmeras vezes.

– Eu não me recordo disso. – falei dando de ombros e voltando a olhar em outra direção.

– Mas, eu sim. — ele faz uma pausa — E depois do meu paü, o que irá arrancar fora?

– Ainda estou decidindo, talvez a sua língua.

– Se irá arrancá-la com sua boca, estou preparado.

Reviro os meus olhos e apoio as minhas costas da hidro, esticando um pouco as minhas pernas. Finjo que ele não estava ali e aproveito a massagem que recebia pelo jato de água.

– Ficará calada? – Lucca questiona, desligando o chuveiro.

– Estou esperando você sair, é horrível ter que ficar te olhando.

– Ó, queira me perdoar vossa majestade. – ele me responde em um tom irônico – Quer que eu comece a usar uma máscara?

Me viro de costas para ele, o ignorando completamente. Se ele pensa que vou ficar de conversa afiada, melhor Lucca ir esquecendo.

– Ficarei sem resposta novamente, estrelinha? – questionou com sua voz próxima de meu ouvido e a respiração bem perto de meu pescoço.

Continuei calada, sem o responder. O que foi o fim, visto que recebi mais uma mordida no ombro. Gemi de dor e fui do outro lado da hidro, passando a mão em meu ombro dolorido.

– Te espero na cama. – concluiu novamente, enquanto se distanciava com um sorriso nos lábios.

– Eu já te disse que não irei dormir aqui, não irei dividir a cama com alguém como você.

– Está me contrariando? – ele dá meia volta, cruzando os braços na altura de seu peito e me olha com aquele semblante sério e que provavelmente faça todos fazerem xixi nas calças, mas a mim, não põe um pingo de medo.

– Eu não direi novamente Lucca.

– Acho que você ainda não me entendeu, olha aqui princesinha, ou você dorme aqui ou te mando para o subsolo. E pode apostar que vai odiar a segunda opção.

– Posso muito bem dormir na sala.

– Estrelinha, devo mesmo te fazer entender que você só tem essas duas opções? Não queira acabar com a pouca sanidade e paciência que tenho.

– Você pode muito bem me dar mais opções, sei que não há apenas esse quarto na casa.

Lucca respirou fundo, elevando seu peito e diminuindo. Vejo o seus punhos se fecharem e ele os aperta, mas depois os abre.

– Como já falei, te espero na cama. – foi a última coisa que disse antes de virar as costas e sair pela porta com a toalha envolta de sua cintura.

Visto que agora eu estava sozinha, tiro o vestido molhado e posteriormente a minha lingerie. Tomo o meu banho com a cabeça nas nuvens.

Os grandes "E se's...?" estavam passando por minha cabeça. E se ele realmente fosse capaz de me colocar para dormir no subsolo? Parece um lugar horrendo. E se Lucca for do tipo violento? Deveria estar completamente perturbada com isso, pois para arquitetar um plano de fuga, é necessário o conhecimento do território e se ele descobrir as minhas intenções, estarei lascada.

Termino e desligo a hidro, além de deixar toda a água escorrer pelo ralo. Me enrolo em um roupão dobrado encima da pia e saio do banheiro, completamente despreocupada. Lucca estava deitado com um livro em mãos, o que para mim era uma surpresa já que ele não aparentava ser nem um pouco culto. Ao me ver, ele para o que estava fazendo e me segue com o seu olhar até eu sumir de sua vista.

Pego a minha mala e a abro. Pegando uma calcinha e um vestido. Os coloquei e fui até quarto enquanto secava os cabelos.

Novamente, ele parou a sua leitura e me analisou. E quanto a mim, o olhei de cima a baixo e revirei meus olhos, voltando para o banheiro e pendurando o roupão.

– Não irá colocar uma roupa confortável? – ele falou direto da cama.

– Se você não tivesse pedido para comprarem camisolas tão constrangedoras, eu não estaria indo dormir assim. – o respondi e saí do banheiro, passando a mão em meio aos fios quase secos.

– Para a sua informação, eu que comprei e as escolhi.

– Você pediu para outra pessoa ir, portanto, não foi exatamente você.

– De qualquer forma, continua sendo eu que as selecionei e as comprei.

– Como quiser. – dei de ombros e peguei alguns travesseiros, indo em direção ao tapete cinza claro felpudo que se alastrava perante uma boa parte do quarto.

– O que pensa que está fazendo?

– O que acha? – respondi de forma sínica.

Arrumei os travesseiros um do lado do outro, fazendo uma pequena cama, em seguida, voltei e peguei uma manta que estava enfrente aos pés de Lucca.

– Não creio, realmente prefere dormir no chão do que na cama comigo?

O ignorei completamente e me deitei sobre os travesseiros, colocando a manta em minhas pernas e me virando de costas para ele.

Não irei dividir a cama com um louco. Não quero e nem devo. É contra os meus princípios dormir com o inimigo; mesmo eu já tendo feito isso, não terá uma próxima vez, nem aqui e nem na China.

Fecho os meus olhos e tento ao máximo não pensar em meus problemas, as coisas daqui para frente só irão piorar. É isso o que pressinto. Enfim, durmo.

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