03. Começar a Lua de Mel

– E por que está me contando tudo isso?

– Porque, meu amor, quero deixar claro as minhas intenções. Somos marido e mulher, não devemos esconder nada um do outro.

– Seu lunático.

– Conheço alguém pior, minha linda. Agora, por que não vai descansar? Está tarde.

– Eu não vo...

Antes que terminasse de falar, Lucca se aproxima e me j**a encima de seu ombro.

– Tem que parar de ser teimosa, estrelinha. Me obedecer é a sua melhor escolha.

– Seu lunático desgraçado, me coloca no chão!

Bato em suas costas, mas Lucca é uma muralha, não vai adiantar em nada as minhas tentativas. Sei que nem ao menos os meus socos o machucam, na realidade, isso só o deixa ainda mais feliz. Motivos? Não sei o principal, mas, são várias as suposições.

Lucca havia passado pelo corredor e em seguida, entrou em seu quarto.

– Me solta Lucca!

– Com todo o prazer meu amor. — ele me j**a na cama, sem mais e nem menos — Bom, o que acha de começarmos a nossa lua de mel?

Ele começa a desabotoar o seu terno, jogando o paletó encima da poltrona. Me levanto rapidamente e fico em sua frente, apenas para cair fora dessa insinuação nojenta.

– Você pode esquecer. – falo o mais sério que consigo, olhando bem em seus olhos.

– Tudo bem querida, não sou o monstro que pareço ser.

– Isso é típico de um Bertalli, no fim, nunca aceitam sua verdadeira face. – falei baixinho.

Ele se aproxima e beija a minha cabeça, o que é fácil para ele, visto que é bem mais alto que eu.

– Vou tomar banho, ou vai querer ir primeiro?

– Pode ir. – o respondi virando o meu rosto.

Sem dizer uma única palavra, Lucca se virou e caminhou até o banheiro, tirando sua camisa social antes de entrar e fechar a porta. É óbvio que o que fez foi proposital, ele queria me fazer olhar para aquele corpo, como se eu realmente fosse mudar de ideia.

Visto que ele não estava olhando, fui até a porta e peguei no trinco, girei devagar e quando estava ao ponto de empurrar, Lucca começou a falar...

– Ah, eu mandei trancarem a porta por fora. No fim, estamos presos neste quarto. Apenas eu e você, estrelinha.

Logo pude ouvir o barulho da água entrando em choque com o chão. Ele entrou no banho. Agora é o meu momento de escapar deste quarto e ir dormir bem longe desse descarado. Podemos ter nos casado para salvar a minha pele, mas depois de ouvir tudo o que ele disse, como posso continuar vivendo sobre o mesmo teto que ele?

Eu poderia voltar e explicar toda a situação para Alex, se eu fizer isso, talvez eu fosse perdoada. Sei que ele vai me perdoar, Alex me ama, sempre deixou claro isso. O problema é que já estou na merda, recorrer a ele não ajudará em nada, mas resolveria o meu problema de dormir ao lado do cretino.

Vou correndo até a sacada, precisava ver a altura entre ela e o chão. Acho que deve ter uns 4 metros, ou talvez um pouco mais alto. A única maneira de sair daqui era com a ajuda de uma corda. Caminho até o outro lado da sacada, traçando um caminho imaginário em minha mente. A janela do andar de baixo poderia me dar um apoio até o chão, o problema era os capangas de Lucca que monitoram o local.

Vejo um lugar que posso me esconder, havia pequenas moitas á frente, mas, preciso me agachar e ser rápida o suficiente para que não me peguem em flagrante. O problema era a janela, não dava para ver quem estaria no cômodo abaixo. O que dificulta a minha passagem.

Uma luz se ligou atrás de mim e eu paralisei, tinha uma janela atrás? Como não notei?

Fui virando meu pescoço devagar e quando vi a cena, arregalei meus olhos. Lucca estava nu em minha frente e cheio de sabão pelo corpo, a hidro estava cheia e o chuveiro estava ligado sem ter um verdadeiro uso. Ele sorria. Aquele sorriso de "acertei na mosca" já evidenciava que tinha previsto os meus atos. Eu não conseguia parar de olha-lo e minhas pernas não se mexiam.

– Se queria me acompanhar, estrelinha, era só ter dito.

Lucca esticou sua mão e pegou me pelo braço, me puxando fortemente. Eu caí para dentro da hidro e consequentemente, encima dele. Ele me sentou em seu colo e prendeu as minhas mãos com as suas.

– Se pensa que vai fugir, meu amor, não vai ser tão fácil. – disse próximo ao meu ouvido.

Comecei a me debater como um peixe fora d'água, no entanto, a única coisa que consegui, foi fazê-lo gemer e em seguida, pude sentir a sua protuberância em meu bumbum.

– Se continuar assim, estrelinha, vou perder o único controle que me resta e sei que não irá gostar. Seu vestido é uma graça, e a calcinha... Bom, eu escolhi bem.

– Eu ordeno que me solte.

– Acha que está em seu palácio, princesa? Aqui você não manda, apenas obedece as minhas ordens. E se eu disser que irá ficar, você fica, sem reclamar.

– Eu não sou um dos seus, não vou obedecer nenhuma de suas ordens.

Ele passa a curta barba áspera em meu pescoço, cheirando de leve a minha pele e indo até o meu ombro. Sinto seus lábios no local que faz meu corpo inteiro formigar e quando eu menos esperava, Lucca morde fortemente, provocando um gemido de dor automático e um chacoalho involuntário.

– Já lhe avisei, mas parece que você quer que eu perca a minha sanidade.

– Se me tocar...

– Irá fazer o que? Me bater e sair correndo toda molhada? Fugir desta propriedade? Responda, estrelinha, qual a medida que irá tomar?

Fico calada. Essa pergunta realmente era boa.. Estou imobilizada e também em território inimigo, sem ter qualquer tipo de poder.

– Exatamente o que pensei, não há nada que você possa fazer. – ele faz uma curta pausa e continua – Eu sou o seu marido. Ainda estou te dando tempo para se acostumar e curtos avisos, só que a partir do momento em que eu sentir fome, eu vou te devorar, e não serei gentil.

Ele leva sua boca até meu outro ombro e o morde. Mantenho meus lábios juntos, tentando não gritar ou me mexer. Em seguida, os lábios de Lucca percorreram o meu pescoço e a cada toque, sentia meu corpo inteiro se eletrizar. O cheiro de menta vindo de seu hálito chegou até o meu nariz, mais rápido do que se podia imaginar, minha mente começou a viajar e quando eu estava prestes a me render...

– Eu te espero na cama. – falou Lucca, se levantando rapidamente e me empurrando para frente, onde acabei ficando em quatro apoios e metade da bunda á mostra.

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