Jaqueline ouviu o choro desesperado de Clarice, e seu coração se apertou como se estivesse sendo esmagado. Ela rapidamente a envolveu em um abraço apertado.
— Clarinha... — Jaqueline tentou dizer algo para confortá-la, mas as palavras ficaram presas na garganta. Ela não conseguiu dizer nada.
Se ela já estava sentindo tanta dor só de ver Clarice assim, imaginava o que a amiga estava passando. A dor de Clarice devia ser mil vezes maior. Qualquer palavra de conforto naquele momento pareceria vazia e inútil.
Um dos funcionários que estavam ali olhou para as duas com um semblante um pouco constrangido e disse:
— Senhoritas, nós precisamos levar o corpo da falecida para o necrotério. Não podemos demorar muito aqui.
Eles já tinham visto muitos familiares chorando por seus entes queridos. Alguns se desesperavam, outros aceitavam em silêncio. Mas, vendo aquela jovem, algo na maneira como ela chorava tocava profundamente. Era como se o sofrimento dela fosse capaz de quebrar até os cora