O homem entrou na sala com passos firmes, e sua expressão parecia ter saído de um freezer, fria e cortante como gelo.
Clarice sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Com medo de que ele pegasse seu celular, instintivamente o escondeu atrás do corpo. Quando falou, sua voz carregava um nervosismo evidente.
— Você voltou…
Sterling parou bem em frente a ela. Seus olhos negros e profundos pousaram em seu rosto, como se fossem capazes de enxergar sua alma.
Clarice, lembrando-se do ateliê de Jaqueline, forçou-se a falar, mesmo sentindo o coração apertado.
— Que tal você subir e trocar de roupa? Eu já levo a sopa para a mesa, e podemos jantar.
Sterling ergueu a mão e segurou o queixo dela, sua voz carregada de sarcasmo e frieza.
— Você estava falando com o Asher agora? Por que desligou o telefone assim que me viu chegar? Está com a consciência pesada?
Beatriz tinha contado a ele que Clarice e Asher cresceram juntos, sempre muito próximos, e que a família Bennett sempre conside