— Eu já te avisei, Clarice. — Sterling disse com uma risada fria. — A gravidez dela é delicada. Não importa o que aconteça, você tem que ceder a ela. Não pode deixá-la nervosa. Se algo acontecer com o bebê dela, eu quero ver como você vai pagar por isso!
Os olhos frios e ameaçadores de Sterling fizeram Clarice sentir um arrepio percorrer sua espinha. O peito apertou, e ela quis chorar. Mas ergueu a cabeça, obrigando as lágrimas a recuarem. Quando voltou a encará-lo, seus olhos estavam vazios, sem demonstração de emoção.
— Sterling, alguma vez você me tratou como sua esposa? Você já me respeitou? Estamos casados há três anos e, ainda assim, sou menos que uma amante! — Disse ela, com uma voz firme, mas cheia de mágoa. — Até os amantes lá fora recebem flores, joias, carros, casas... São levados para eventos. E eu, como sua esposa, não recebo nada!
Sterling estreitou os olhos, o rosto carregado de desprezo.
— Está querendo me cobrar algo, Clarice? Você não acha que está pedindo demais?
As