Eu estava vendo coisas ou… quem estava parado na porta da minha sala, me esperando, era o papai? Meu coração disparou. Era ele, sim! O único homem gigantesco de terno e gravata no corredor da escola. Todo mundo estava olhando para ele.
E claro, como não olhariam? Ele parecia um gigante perto das professoras e dos meus colegas. Até a professora ficou ali, parada, olhando papai dos pés à cabeça. Devia estar tentando adivinhar a altura dele. Eu também não sabia exatamente quanto ele media, só sabia que era muito alto.
Assim que a professora chamou meu nome, eu não consegui me segurar. Peguei minha mochila, esqueci do resto e saí correndo pelo corredor. Pulei nos braços dele antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.
— Papai! — exclamei, apertando o pescoço dele com força.
Eu esperei pelo sorriso. Esperei mesmo, de verdade. Mas ele não sorriu. Mesmo assim, algo no rosto dele estava diferente. Não era a expressão emburrada de sempre. Pelo contrário, parecia que ele estava feliz, mesmo sem