Quando deixei o escritório, minha mente ainda estava inquieta. Cheguei em casa, subi direto para o meu quarto, tomei um banho e vesti meu smoking, ajeitando a gravata no espelho com mais cuidado do que o habitual. Algo estava diferente naquela noite, embora eu ainda não soubesse exatamente o quê.
Fui até a sala, mas a Celina ainda não tinha aparecido. Caminhei até o sofá, checando o relógio mais vezes do que gostaria de admitir. Quando levantei os olhos, ouvi o som de passos leves na escada. Lá estava ela: minha princesa. Sofia descia as escadas com a delicadeza de uma bailarina, envolta em um vestido rosa com detalhes em pérola que pareciam brilhar sob a luz suave do lustre. Ela era o rosto do amor.
O tecido fluía como um sonho, com pequenas flores bordadas na saia que balançavam a cada passo. Ela segurava a barra do vestido com as mãos delicadas, um sorriso tímido iluminando seu rosto enquanto seus cachos dourados molduravam sua expressão de pura alegria.