As palavras de Ares ecoavam na minha mente enquanto trabalhava. A conversa no jardim tinha mexido profundamente comigo, levantando questões contraditórias.
Me pegava pensando em como aquela gestação, que antes era encarada como um pesadelo, havia ganhado uma nova perspectiva a partir do pequeno acidente de Noah. A possibilidade de uma transação financeira para prosseguir com a gravidez me trouxera um misto de sentimentos, incluindo confusão, receio e até mesmo uma certa esperança.
Reconhecia que havia uma chance real de melhorar nossas condições financeiras, o que poderia significar uma vida mais estável para mim, para Noah e para o futuro bebê. Porém, não conseguia ignorar a ambiguidade ética e moral que aquela proposta trazia consigo.
Pensava também em como isso afetaria Ares. Ele se mostrara disposto a assumir a responsabilidade e a oferecer suporte financeiro, mas não conseguia evitar a sensação de estar explorando a situação, utilizando a gestação como moeda de troca.
A responsa