Cecília abaixou a cabeça, as mãos tremendo levemente enquanto enrolava a barra do vestido entre os dedos. O sol da tarde entrava suavemente pela janela, mas a luz parecia não alcançar a tristeza que pairava sobre ela. Samara, sentada ao lado, acariciava sua barriga , os olhos fixos na amiga com uma mistura de preocupação e paciência.
— Você sabe que pode me contar qualquer coisa, né? — Samara sussurrou, a voz carregada de ternura.
Cecília respirou fundo, o peito subindo e descendo com dificuldade, como se estivesse carregando o peso do mundo. Ela piscou rápido para conter as lágrimas, mas a dor era grande demais para ser sufocada.
— Eu... eu fui uma idiota, Samara. — A voz dela saiu trêmula, quase um sussurro. — Eu deixei ele me usar e como usou como sou uma idiota .
Samara franziu a testa, inclinando-se para mais perto, sem soltar a mão da amiga.
— Quem te usou, Cecília? O que aconteceu?
Cecília soltou um riso amargo, as lágrimas finalmente escapando pelos cantos dos olhos. Ela balanç