Samara dobrava algumas roupinhas do bebê enquanto observava Cecilia ajeitar os pequenos enfeites na prateleira. O quarto estava ficando perfeito, cheio de detalhes carinhosos escolhidos por elas. Entre uma tarefa e outra, o assunto inevitavelmente voltou para a noite do baile.
— E então, Cecília… Como foi dançar com John? — Samara perguntou com um sorriso travesso, jogando uma almofadinha no colo da amiga.
Cecilia, que estava organizando os bichinhos de pelúcia, parou por um instante e suspirou.
— Foi… foi legal. Ele é um cavalheiro, super educado, sabe conduzir bem.
Samara estreitou os olhos e se sentou na poltrona de amamentação, cruzando as pernas.
— Só ‘legal’? Cecilia, por favor! O cara não tirava os olhos de você. E você estava radiante!
Cecilia corou e desviou o olhar.
— Ah, Samara, não exagera. Ele foi gentil, mas não significa nada, não tem como pois além de ser de outro país é de outra máfia mesmo sendo aliada a nossa.
Samara riu e pegou um dos sapatinhos minúsculos do bebê.