Capítulo 9

Luciele

“Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si

É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti”

Trem-Bala - Ana Vilela

Eu estava completamente zonza. Sentia como se tivesse despertado de um acidente — a impressão era a de que um caminhão havia passado por cima de mim. Cada osso doía. A luz me incomodava, minha garganta ardia de tão seca. Eu mal conseguia manter os olhos abertos, muito menos fixá-los em algum ponto; a claridade só fazia minha cabeça latejar ainda mais.

Depois de longos minutos, percebi que estava em um hospital. Havia acessos nos meus braços e um tubo de oxigênio preso ao nariz. Ao lado da cama, minha mãe dormia numa cadeira desconfortável. Era um sono pesado, de pura exaustão, evidente nas olheiras profundas que marcavam seu rosto.

Eu me sentia como uma folha em branco. Não lembrava de absolutamente nada: nem do que havia acontecido, nem do motivo que me levara àquele quarto. A única certeza que eu tinha era a sede insuportável — parecia que um deserto
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