Acordei de repente com o som da porta do quarto batendo ruidosamente, o barulho ecoando no silêncio da manhã. Meu coração acelerou, e por um momento fiquei desorientada, tentando entender o que havia acontecido. Ao me virar, vi Bernardo parado perto da porta, sua expressão transtornada e tensa, como se estivesse lutando contra uma tempestade interior. Ele olhou rapidamente para o berço de Ian, verificando se o barulho havia acordado nosso filho. Felizmente, Ian continuava dormindo profundamente, alheio a qualquer tumulto.
— Desculpa por te acordar — disse Bernardo, sua voz um tanto áspera, como se ele estivesse tentando manter o controle. — Não queria ter batido a porta. —Ele parecia perturbado, e quando meus olhos desceram até suas mãos, meu coração pulou uma batida ao ver uma delas coberta de sangue.
— O que aconteceu? — perguntei, alarmada, me levantando da cama rapidamente e indo até ele.
Bernardo balançou a cabeça, tentando minimizar a situação.
— Foi só um acidente. Não se preoc