— Querido, você não ficou com medo, certo? — Amara perguntou baixinho, lançando um olhar preocupado para Théo.
O menino balançou a cabeça, agarrando firme o braço dela. Não havia medo em seus olhos, mas um traço melancólico sombreava sua expressão infantil.
Por que tinha apenas cinco anos?
No fundo, ele desejava crescer rápido. Assim, poderia protegê-la, em vez de apenas assistir de longe.
Do banco do motorista, Pitter captou exatamente o que passava na mente do filho. Como pai, sabia que aquela responsabilidade não deveria pesar em ombros tão pequenos. Ele mesmo cuidaria disso. Sempre.
Amara, tentando distrair o ambiente carregado, puxou uma das caixas que recebera no prédio.
— Poucas pessoas sabem meu endereço… Quem me enviaria um pacote? — murmurou, estreitando os olhos diante da caligrafia vaga e irreconhecível.
Pitter estava prestes a oferecer uma faca, mas antes que dissesse qualquer coisa, Amara já havia rasgado a embalagem com destreza.
Definitivamente, habilidade essencial de