No instante em que Amara estendeu os braços para ele, um lampejo de emoção atravessou o olhar sempre contido de Pitter.
— AHHH! Eles estão vindo! Pitter, depressa! — gritou ela, jogando-se contra o corpo dele em um gesto confuso, mas cheio de urgência.
E, como num passe de mágica, os robôs recuaram de imediato. Nenhum ousou tocá-la enquanto estivesse junto dele.
O calor e o perfume doce de Amara o envolveram, e Pitter precisou de um breve momento para retomar o controle. Com firmeza, segurou-a pela cintura e começou a subir a longa escada em espiral.
Era, provavelmente, a primeira vez que Amara estava tão próxima dele estando sóbria e totalmente consciente. E, por um instante, ele desejou que aquela caminhada não tivesse fim.
Se Pietro soubesse no que seu irmão estava pensando naquele momento…
Os robôs os seguiram em silêncio, mantendo certa distância, como uma patrulha que não ousava romper um limite invisível.
Para se equilibrar, Amara envolveu os braços ao redor do pescoço dele. O a