Do outro lado da linha, Pietro permaneceu em silêncio por alguns segundos. O tempo suficiente para que a inquietação de Amara se transformasse em alarme.
— Pietro, ele é ou não é sonâmbulo? — insistiu ela, tentando manter a voz firme, mas a urgência escorria por cada palavra.
Se fosse apenas sonambulismo, ela daria um jeito. Mas e se fosse algo mais sério? Uma crise, um distúrbio? O que ela presenciara não parecia natural. No meio da noite, Pitter havia se comportado como um completo estranho… como um homem guiado por um impulso que não reconhecia. E depois, simplesmente desmaiou. Aquilo não era normal.
— Hm… só achei curioso você perguntar isso assim, do nada. Mas sim, ele tem esse problema desde pequeno — respondeu Pietro, com um tom casual demais, como se falasse sobre o tempo. — Como você descobriu que meu irmão é sonâmbulo?
Aliviada, Amara soltou um riso nervoso e respirou fundo.
— Não foi nada demais… acordei com sede, fui até a cozinha e o encontrei parado no meio da sala, olhan