Helena Narrando...
Depois de uns minutos dentro da cobertura, eu tomei coragem e desci, apertei o botão e o elevador abriu, entrei e apertei pra descer.
Chegando lá embaixo, eu saí do elevador e o motorista já estava me esperando, como o S— Lorenzo tinha dito, ele abriu a porta do carro pra mim, e eu entrei, suspirando fundo.
Ele seguiu o trajeto inteiro em silêncio, vez ou outra me olhava pelo retrovisor, mas não com maldade, era como se quisesse puxar assunto, mas estivesse sem coragem, ou foi orientado a não fazer isso. Enfim, o caminho até o hospital público foi longo.
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Assim que chegamos. Ele desceu e abriu a porta do carro pra mim. O barulho caótico da rua contrastava com o silêncio da cobertura do Lorenzo. Ali era o meu mundo de sempre: buzinas, vozes aflitas, cheiro de desinfetante misturado com suor, ambulâncias chegando a todo instante.
Assim que desci, dei de cara com algo que nunca pensei presenciar: dois homens de terno alinhado e jalecos brancos, ao lad