Nick contou o que viu naquela tarde, havia demorado mais do que Olívia para que o corpo cedesse ao efeito da droga e por isso, sabia o nome do homem que a levou.
— Vikran? Eu lembro dele! Ele namorava com ela, sempre ia na nossa casa e eu me escondia, eu sempre me escondia. Aqueles homens eram estranhos, diferentes dos professores da escola ou do meu padrinho.
Olívia se lembrou da forma como os homens que frequentavam a casa de Helena olhavam para ela, mesmo sem saber o porquê, ela sentia medo, repulsa, nojo.
Ela não sabia o motivo que eles a olhavam com desejo, mas Nick sim. Eles eram clientes e não visitantes, conheciam o corpo de Olívia desde que ela era só uma criança e cada um deles gostaria de ser o primeiro a ultrapassar os toques.
O rapaz sentiu o estômago embrulhar, era doentio demais que pessoas fossem capazes de olhar uma criança daquela maneira.
Nick respirou mais fundo, apertou ainda mais o abraço em torno do corpo pequeno da menina, um movimento involuntário, como se qui