Amara se levantou depressa, correu para o irmão tão desajeitada que nem se deu conta de que ele estava segurando um lanche, tudo foi para o chão, mas ele a abraçou.
Um dos poucos abraços que Tank deu na irmã, preferia manter distância, nunca quis que ela visse o toque de um homem como normal e achava que isso precisava começar em casa, mas naquele dia, o olhar da menina o fez esquecer das próprias crenças e da dor que sentia.
Os ombros e as virilhas estavam cortados pelo contato com o ferro quente, mas abraçar Amara era um privilégio que achou que nunca mais teria.
— Desculpa te assustar assim, Foquinha. Vou dar um jeito de tirar a gente daqui, prometo.
— Por quê?
— Porque não é seguro, Amara.
A menina pensou que gostava de Mel e que apesar de detestar o jeito autoritário de Endi, ele tinha sido bom com eles.
— Quando?
— Não sei, preciso pensar. Sair da organização não é uma opção, eles vão nos caçar feito bichos. Vou pensar em uma saída segura, Foquinha. Só fica longe dessa gente.
Am