Jocellyn arqueou o corpo na cama, as unhas cravaram nos lençóis, o corpo já não tinha controle nenhum além do que servir aos desejos daquele homem.— Kwami...Ele não respondeu com palavras, apenas com a língua, aumentou a pressão, sugou até que Jocellyn gritasse. Ele a queria perdida, completamente desfeita por ele e estava conseguindo.Os dedos se juntaram à boca, dois de uma vez com o mesmo ritmo em que sugava seu ponto de prazer.Um fio de suor escorreu por entre seios de Jocellyn, fez o caminho até o colchão, ela não era mais dona do próprio corpo. Ele a comandava, a guiava, e a fazia se desfazer em ondas cada vez mais fortes.— Eu sou seu, doutora. Só seu, nyota.Jocellyn só conseguiu gemer, um som rouco e rendido, porque naquele momento não existia mais nada além dele. Tentou colocar a mão no peito dele e pedir para que Kwami esperasse, mas estava tremendo.Ele sorriu.— E eu ainda nem comecei.Deixou o corpo sentir a pele macia de Jocellyn, amou cada segundo daquela brincadeir
Ivan estava sentado no balcão de um bar com o amigo. Sara e o filho estavam em uma mesa mais afastada, saíram para jantar assim que Elijah e a afilhada se encontraram.No começo Nick ficou relutante em deixar a namorada sozinha com o padrinho, mas depois de um tempo ficou óbvio que os dois precisavam daquele momento.Tinham feridas que precisavam de cuidados e se amavam de um jeito estranho, com um tipo de respeito que não dependia de DNA e nem mesmo de convivência. Ele havia cuidado dela à distância, mas foi seu exemplo, a figura que ela não queria decepcionar, o homem que escondido em suas orações ela chamava de pai.— Senhor, um padrinho é o pai que ganhamos de presente não é? Então cuida dele para mim, faz tudo ficar bem no trabalho dele para ele ter tempo de vir na minha apresentação da escola. Se não puder me ajudar com isso, só faz ele ficar bem, tá? Amém.Olívia tinha repetido aquela oração noite após noite, mas nunca foi atendida, ou melhor, foi atendida todas às vezes, só nu
Sombra deu um gole da cerveja e levantou a garrafa para o garçom já pedindo outra, pela forma como Ivan virou o copo de Vodka estava claro que estavam com um problema, começou pelo óbvio.— Que isso, Grandão. Mano, foi melhor assim. Começar uma guerra as vésperas de uma votação seria burrice. Vamos lá, a gente sempre confiou um no outro, sei o que estou fazendo. Estamos juntos e isso aqui, meu irmão é a nossa família.Sombra tinha certeza de que o amigo ainda estava com raiva por ele não ter permitido que Ivan matasse Paolo, tinha lógica. Provavelmente estaria tão perdido quanto ele se alguém tivesse feito mal a Endi.E Nick nem mesmo parecia o mesmo rapaz que saiu do condomínio há um ano.A mente ainda o traiu brincou internamente que pelo menos com aquela aparência Olíe nunca mais precisaria se preocupar com a competição. Nenhuma garota se interessaria por Nick.Não fez a brincadeira, sabia o peso dos socos de Ivan.Mas a resposta que recebeu foi completamente diferente da que esper
Sombra olhou para a mensagem no celular e deslizou o aparelho em cima do balcão dando risada.— Bicho burro da porra! Depois vem dizer que era o grande CEO. Um filhinho de papai isso sim.Ivan pegou o telefone, leu, releu, não entendeu.— Mas tem o meu nomeFez exatamente essa pergunta para Lara pelo celular do amigo.“Por que tem o nome do Ivan?”Perguntou como se fosse Sombra, porque achava que as chances de ser respondido com a verdade eram maiores.“Mando tudo com o nome dele. Imagine eu mandar um pedido de exame com o nome de Fera, Dragon, Russo”Lara ficou olhando para o celular por um tempo, não entendeu o motivo da pergunta e muito menos o porquê elas tinham acabado sem uma despedida, Sombra costumava ser educado.Ivan piscou algumas vezes com a testa franzida, coçou a cabeça e tomou mais um gole da vodka, como se o álcool pudesse ajudar a processar a informação.— Então eu nã...eu não tô morrendo?Sombra começou a rir, parte pela expressão confusa do amigo, mas principalmente
Ainda estavam rindo, Ivan estava embriagado, mas dessa vez pela felicidade, ainda havia muitas lutas para vencer, mas tudo o que realmente importava era que veria sua caçula crescer, envelheceria ao lado da esposa e estaria no casamento do filho. A rua ainda parecia um palco para os beijos que roubava da esposa a cada vez que Sara perguntava o que estava acontecendo.— Eu ainda vou perturbar muito a sua vida, minha pequena! É isso que está acontecendo, EU TE AMO.Sombra também sorria olhando para a felicidade do amigo, por mais Ivan fosse a amizade mais conturbada e trabalhosa que teve durante toda a vida, também era um dos caras que mais amava.E foi nesse clima adocicado que estavam quando a noite foi rasgada pelo som agudo de um pneu queimando no asfalto.O motor de um carro roncou. O mundo, que segundos antes era feito de gargalhadas e alívio, se corrompeu em medo. Ivan segurou a esposa nos braços e deu as costas para o perigo. Morrer era assustador, mas não mais apavorante do qu
Sombra não estava disposto a perder aquela guerra, devia isso ao irmão, ao filho, ao amigo! Mas principalmente, não seria capaz de se perdoar se algo acontecesse ao afilhado.Não depois que impediu Ivan de resolver o assunto matando o chefe do clã DiLauro.Puxou o braço do amigo!— AGORA PORRA!Ivan ergueu o filho nos braços, a voz do amigo sempre foi o seu norte e naquela noite não foi diferente.Nick tinha a altura do pai, tão forte e pesado quanto Ivan, e ainda assim, foi levantado do chão como se realmente fosse o bebê que Sara costumava dizer que ele era.Ivan assumiu o volante, Sara ficou no banco de trás com o filho, e Sombra olhou para ela enquanto estendia uma arma.— Se esses filhos da puta seguirem a gente, você sabe o que fazer bravinha. É a porra de uma filha da máfia caralho, então para de chorar e atira!Doía ver Sara daquela forma, ainda que eles tivessem se tornado um eterno quase, ele a amava.Não como um dia achou que amaria, mas a amava. Só que naquele momento o qu
Dizem que o amor é capaz de enxergar tudo, mas talvez e só talvez ele não consiga ver o perigo, porque Ayla a esposa de Elijah resolveu ouvir os conselhos de Jocellyn no pior momento.Deixou os filhos com uma amiga e embarcou para a Itália logo depois de conversar com a médica.Não queria se separar, nunca quis!E ouvir Jocellyn falando que o marido era um egoísta feriu o coração de Ayla como uma faca. Aquilo não era verdade! Poucas pessoas conheciam aquele peão como ela. Ele era um homem gentil, dedicado, protetor e acima de tudo, alguém capaz de dar a vida pelas pessoas que amava.Desembarcou no aeroporto de Napoles levando apenas uma bolsa de mão e a saudade que sentia do marido.O piso brilhava, as luzes brancas não deixavam que a mente compreendesse se estava dia ou noite. Algumas pessoas caminhavam puxando malas imensas, outras falavam sem parar, mas tudo o que ela enxergava era o reflexo opaco do próprio rosto em uma poça d’agua esquecida no canto do corredor de desembarque.Os
Ivan não precisava de uma arma para ser assustador, não com o tamanho que tinha e com medo de perder um filho, ergueu um dos médicos pelo pescoço usando apenas uma mão.— EU VOU MATAR CADA HOMEM, MULHER E CRIANÇA DESSE LUGAR SE NÃO AJUDAREM O MEU FILHO.Não estava brincando e isso ficou óbvio quando um enfermeiro que praticava grappling tentou se aproximar.Ivan estava tão focado no filho que não percebeu quando o enfermeiro se colocou atrás dele e aplicou uma chave de braço.Foi uma escolha ruim, muito ruim, porque na condição em que estava não havia nada que acalmasse a sede de sangue que sempre fez parte da Fera que habitava o seu corpo. Não era à toa que Ivan ficou conhecido daquela forma mesmo antes de se tornar chefe da máfia.O enfermeiro conseguiu fechar o golpe, uma vitória breve e que lhe custou a vida.Ivan curvou o corpo para frente levando o enfermeiro com ele. O homem foi arremessado para o chão sem que Fera precisasse fazer qualquer esforço. Os socos que seguiram foram