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Capítulo seis: vinho e bobabagens

— Oi amor. — Não sei o que me deu, naquele momento parecia que eu tinha entrado de vez no personagem.

— Oi linda. Gostou das mudanças? — Dei de ombros, por um momento esquecendo que ele não me via. Entâo simplesmente respondi:

— Adorei, mas tudo muito novo. — Ele riu, achei sexy por algum motivo, talvez o tom.

— Relaxa, com o tempo acostuma. — Suspirei alto, ele ouviu tenho certeza, mas não disse mais nada, Constantino era um típico estrategista, frio, calculista. Parecia sequer ter sentimentos. Afinal quando as pessoas namoram elas tem sentimentos um pelo outro, meio que já se conhecem, estão apaixonadas, mas não havia nada disso, ele me conheceu ontem e simplesmente decidiu que eu seria dele. Para inclusive me moldar a forma dele.

— Vamos nos ver? Achei que queria ver meu novo visual.

— Sim, vou aí em dez minutos, vou levar um vinho. Qual você gosta? — Eu bebia muito pouco, inclusive nunca tive curiosidade com vinho. Não sabia como responder essa pergunta, mas não queria soar burra.

— Suave. — Ouvi uma risadinha do outro lado.

— Sabia que era perfeita. É o meu favorito também.

Sorri, me senti menos idiota, e com uma boa intuição afinal. Na verdade fiquei até orgulhosa de mim. Será que aos poucos eu estava caindo na rede dele?

Ficava a dúvida.

— Ok, precisa que eu faça algo para recepciona-lo? — Fui submissa. Nunca tinha sido, na verdade a sensação de estar entregue a alguém poderoso, era interessante até.

— Por favor coloque o vestido vermelho curto de seda que está separado no closet e o scarpin preto da Louboutin que está em cima da mesa de centro. Peço que tome um banho bem tomado, mas rápido, pois quando chegar quero você na sala.

Tudo era muito calculado. Ele realmente queria um Barbie.

— Certo, em que lugar da sala? — Ele riu sexy de novo. De fato, ele bonito e um pouquinho irresistível.

— Sente-se no balcão da adega e aguarde.

— Certo.

— Bom, vá se arrumar, chego logo. — Acenei com a cabeça, novamente esquecendo que ele não estava ali. Sua presença, mesmo que só com a voz, era muito marcante. Parecia sim que ele estava quase que onipresente.

— Tchau.  — Eu disse.

— Até logo, no caso. — Ele me corrigiu e em seguida desligou. Fui até o closet e vi que haviam roupas, mas eram muito diferentes do meu estilo. Eram roupas de Femme fatale, o que eu de certa forma nunca fui.

Na verdade, sempre preferi roupas largas. Eu gostava de me esconder, não sei por quê. Agora estando ao lado de Constantino, talvez mudasse algo, e vestindo essas roupas né...

Peguei vestido com certa pressa. Ele pediu um banho rápido e bem tomado, dez minutos eu tinha.

Lá fui eu.

***

Após o banho me olhei no espelho já vestida e calçada me olhei no espelho de corpo inteiro que tinha no closet.

Cacete!

Suspirei, era melhor ir pra sala, peguei o telefone na bancada do banheiro e vi a hora, passaram-se 7 minutos apenas, não havia lavado o rosto, afinal tinham me maquiado no salão.

Fui andando em direção ao balcão e sentei em um dos bancos, encostei a cabeça na minha própria mão e cruzei as pernas, meu celular vibrou, peguei com a mão livre era Constantino. Uma mensagem.

“Posso entrar? Está pronta?” Olhei o relógio novamente, 9 minutos, ele era mais que pontual, era adiantado. Anotei isso no meu caderno mental.

“Sim.”

Então só ouvi o barulho da chave sendo virada na porta.

Ele entrou, sem me olhar. De costas.

Depois se virou, lentamente.

Sorriu de lado, discretamente, mas seu olhar demonstrava uma plena satisfação. Parecia que ele tinha encomendado algo que chegou igualzinho ele tinha imaginado.

Ao contrário de suas palavras, misteriosas e quase sempre autoritárias, seu olhar era bem expressivo.

— Do jeito que eu queria. — Sorrio simpática, um sorriso digno de Marilyn Monroe, apesar de tímida e quieta eu tinha uma certa obsessão por mulheres como ela, Brigitte Bardot e Lady Diana.

Principalmente Marilyn.

Confesso que eu era um pouco obcecada com ela, talvez muito.

Marilyn antes da fama era como eu antes de Constantino. Tímida, assustada, pobre.

Mas quando ela “virava Marilyn”, a maior Femme fatalle de todas, ela era aquele símbolo que todos conhecemos.

Estudei suas histórias, vi seus filmes, li suas biografias, eu sabia como virar a mulher que meu mais novo namorado queria.

Então eu virei.

Na sua frente.

Ele levantou a garrafa de vinho em sua mão e me mostrou.

— Servida?

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