A sala improvisada na fazenda estava em silêncio, exceto pelo som do teclado frenético de Alice. Todos os outros estavam debruçados sobre mapas e relatórios, mas meu olhar permanecia fixo na tela de um computador à minha frente. O tempo parecia se arrastar em câmera lenta, e cada segundo que passava sem uma pista concreta fazia o desespero crescer ainda mais.
Foi então que Alice chamou minha atenção, a voz carregada de urgência:
— Oliver, acho que encontramos algo.
Levantei-me tão rápido que a cadeira quase tombou. Corri até a mesa dela, onde ela havia pausado o vídeo de uma câmera de segurança.
— O que é isso? — Perguntei, olhando para a imagem.
— Um posto de gasolina, cerca de 50 quilômetros daqui. Essa filmagem foi de ontem à noite. — Disse Alice, apontando para a tela.
Ela apertou o play, e lá estava ele: Fernando. Ele descia de um carro com os mesmos traços que tínhamos identificado nas imagens iniciais do salão. Ele estava de boné e óculos escuros, mas não havia dúvida — era ele