Oliver
A fazenda estava mergulhada em um silêncio sufocante. As poucas pessoas que permaneciam no local pareciam sombras, movendo-se em um cenário vazio, sem direção. O som do vento atravessando as árvores e o crepitar distante de folhas secas tornavam a ausência de Emily ainda mais insuportável.
Estava no quarto dela, o lugar que sempre parecia vibrar com sua energia. Agora, tudo parecia parado no tempo, como se o universo estivesse segurando a respiração junto comigo. Olhei ao redor, os olhos se fixando nos pequenos detalhes que eram tão dela: o livro que ela lia antes de dormir, o cachecol que ela deixara pendurado na cadeira, e a camiseta dobrada sobre a cama.
Peguei a camiseta com cuidado, quase como se fosse um objeto sagrado. Seu perfume ainda estava impregnado no tecido — aquele aroma delicado e único que era tão Emily. Fechei os olhos e pressionei a peça contra o rosto, tentando absorver cada partícula que me lembrasse dela.
Minha mente começou a se encher de memórias, todas