O calor da tarde era abafado, e a sombra das árvores que ladeavam o rio oferecia um refúgio refrescante. Caminhando ao lado de Oliver, senti uma mistura de conforto e expectativa. O lugar para onde o levava era mais do que especial — era o refúgio que eu sempre buscava quando queria fugir do mundo. Não tinha certeza de como ele reagiria ao cenário rústico e simples, mas algo me dizia que seria mais do que um momento de descanso.
— Está tentando me levar para o meio do nada? — Ele brincou, ajeitando o chapéu de palha que minha mãe insistira em emprestar a ele mais cedo.
— Talvez. — Respondi com um sorriso. — Ou talvez eu esteja te mostrando um pedaço da minha alma. Depende de como você encarar.
Ele olhou para mim, seu sorriso suave se transformando em algo mais sério.
— Nesse caso, eu quero ver cada pedaço.
Chegamos ao rio, e o som tranquilo da água corrente criou uma melodia natural que parecia nos envolver. O local era quase mágico — cercado por árvores altas que formavam uma cúpula