Quando eu recebi aquela mensagem, fiquei paralisada. Meus olhos corriam pelas palavras, lendo e relendo, como se, ao repetir, pudesse mudar o significado. Mas não mudava. O peso daquela realidade caiu sobre mim como um soco no estômago.
Eu não conseguia pensar direito, sequer respirar de forma estável. Apenas levantei.
Meus dedos estavam trêmulos enquanto reunia minhas coisas às pressas, enfiando tudo dentro da bolsa de qualquer jeito. O zíper enganchou na borda, e um xingamento escapou dos meus lábios. Minhas pernas fraquejaram, mas eu segurei firme na beira da mesa. Não era a hora de desmoronar.
Não agora.
Engoli em seco, puxei o ar e forcei meu corpo a se mover. Eu não podia me dar ao luxo de hesitar.
Mal percebi quando as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, quentes e silenciosas, enquanto meu peito afundava em desespero. Meus passos estavam incertos, como se o chão estivesse longe demais, como se meu corpo já não me obedecesse.
Eu nem sabia como chegaria em casa. Só cons