PAIXÃO VERMELHA.
Capítulo 23. A verdade
O sorriso no rosto de Mauro era sarcástico enquanto fechava a porta daquele escritório às suas costas e olhava com expressão assassina para Lugh.
O Senador o observou com um gesto de incredulidade e Mauro abriu o botão do terno, metendo as mãos nos bolsos antes de sorrir.
—Então, bom rapaz. Por que você não conta ao Senador Rosso a relação que Ainara e eu tínhamos há dez anos e por que terminou? —sibilou olhando para Lugh e este apertou os punhos.
—Não se meta nisso! Dê o fora daqui! Eu não tenho...!
—Não acho que você seja tão idiota a ponto de esperar que ele não descubra —rosnou Mauro—. Você acha que Ainara não vai falar com o pai dela nunca mais? Que ele não vai perguntar por que ela rompeu o noivado com você?
Rosso conteve a respiração porque era evidente que já havia outra pessoa que conhecia seu segredo, e diferente de seus advogados, Mauro não lhe devia nenhum silêncio.
—Chega, Keller! Você está se metendo em águas perigosas aqui!