PROMESSA VERMELHA.
Capítulo 22. Um inferno
Talvez a única coisa que pudesse interromper o silêncio tormentoso que havia naquele jardim eram aqueles saltos inoportunos de uma das organizadoras que estava procurando Mauro como louca.
—Senhor Keller! Já é hora do seu discurso, os convidados estão ficando impacientes.
—Preciso de mais cinco minutos —respondeu ele sem olhá-la.
—Mas é que...
—Que esperem! Que bebam mais champanhe! Isto é uma festa, não é? Pois que continuem festejando e eu vou chegar para dar o discurso quando chegar! —rosnou Mauro com impaciência e o silêncio voltou quando a mulher se apressou a sair para cumprir sua ordem.
No entanto no fundo sabia que nem cinco, nem dez nem vinte minutos nem todo o tempo do mundo seria suficiente para convencer Ainara a não ir embora. E por alguma estranha razão sentia que no mesmo momento que a perdesse de vista, ela desapareceria para sempre.
—Ainara... preciso que você fique, por favor, esta conversa não pode terminar aqui... —