Mochino Automotivo—O que houve Tereza, Vocês brigaram?-Sarah pergunta preocupada, pegando um copo com água.—Obrigada, estava mesmo com a garganta seca. Acho que meus problemas estão só começando.—Eu te disse que ele não era fácil. Se acalme. Aposto que está te assediando.-Sarah fala em tom baixo.—Você é uma ótima pessoa, me recebeu muito bem desde o princípio na empresa. Noto que é verdadeira e se preocupa comigo. Mas tem situações complicadas que no momento não posso te revelar. Prometo que será a primeira a saber do que virá nas próximas semanas.—Ah,não me diga que haverá demissão em massa. Eu tenho um financiamento do meu apto., por favor, fala logo. – Sarah está nervosa agitando-se na cadeira.—Espera! Não é nada disso. Tem a ver comigo e com ele especificamente.—Nossa, que susto! Ela põe a mão no peito e respira fundo.—Então...vocês...—Já pedi que tenha paciência . Mas posso te adiantar que iremos trabalhar juntas numa mesma sala. —Seremos promovidas? E quem vai
Le Grand Chef —Que bom aceitaram meu convite.-Jordan recebe sua mãe e irmã num jantar.—Como recusar um convite no Le Grand?-Eleonora fala observando o restaurante.—Poderia ao menos ser gentil em aceitar o convite por minha presença.—A última vez que me convidou para algum jantar, sua esposa ainda estava viva. —Mamãe, por favor, não comece.-Fabíola tenta amenizar os ânimos.—Deixa ela Fabíola, não sei como não asfixia respirando o próprio ar..- Jordan ri.—Escuta aqui mocinho; se continuar com suas ironias deixarei os dois aqui e me retiro.—E vai perder a chance de saber por qual motivo lhe chamei?—Pare com isso Jordan. Vamos pedir um vinho para acalmar..—Eu já havia pedido, estarão trazendo a melhor safra; digna da ocasião.—Mas o que há de tão importante para comemorar?—Bem, vocês viviam reclamando do entra e sai de babás. Fugiam da Beatrice como o diabo foge da cruz. Então eu resolvi unir o útil ao agradável.—Então nos chamou aqui para falar de babás. Uhum, sei
—Você vai dormir aqui Tereza?—Não há outro jeito, está tarde, não ser ficar.—Falta pouco para você vir de vez.—Tem certeza disso, senhor?—Nunca tive tanta certeza! Eu falei com a Eleonora e a Fabíola hoje no jantar sobre o casamento.—E a reação delas?—Te importa isso? —Acaba de me responder.—Não ligue para elas. Temos um acordo.—Eu sei. Não me importo; estou mesma é preocupada com o resultado das análises.—Na clínica de fertilização eles devem saber qual tipo sanguíneo era da Clarice.—Não será difícil descobrir, certamente os têm arquivado nos prontuários.—E você Tereza, qual é o seu tipo sanguíneo?- Ela pensa e responde — Nunca me atentei para isso?—Inacreditável vindo de você que é toda organizada.—Não banco a certinha, apenas faço o dever de casa.—A Beatrice quase não comeu.—Não se preocupe, ela estava no soro. Deve dormir até amanhã.—Ainda acho que negligencie nos cuidados com ela entregando a um monte de babás irresponsáveis. Aposto que é falta de nutrie
Mochino Montadora—Oi Sarah, Jordan está?—Bom dia Anne, ele cabou de chegar mas não quer ser interrompido.—Hum, já vi tudo! Deixa eu resolver isso.-Anne da um sorriso cínico e entra sem bater.—Em dois minutos ela sai com o rabo entre as pernas.-Sarah fala baixinho consigo.—Sarah, você por acaso é surda?- Jordan abre a porta esbravejando.—Não senhor, de modo algum.—Então porque a Anne entrou? Eu lhe avisei que não poderia ser interrompido.—Eu avisei, mas ela ....—Mas...mas que coisa alguma. De hoje em diante não permito invasões em minha sala.—Sim senhor.Jordan permanece de pé na porta, Anne sai desconfiada pedindo desculpas. Ele entra batendo a porta com força.—O que deu nele? Nunca me tratou assim?!—Eu lhe disse pra não entrar. Olha minha situação agora. —Jordan tem lá seus rompantes mas desta vez fui destratada como uma qualquer.—Entendo seu desapontamento. Mas enfim, temos que aceitar.—Não estou desapontada. Eu sei meu lugar,Sarah. Se você se acostumou a ser pau mand
— Há quanto tempo ele está assim mamãe?- Pergunta Fabíola.—Sei lá, acho que desde que chegou do crematório.—E você não faz nada? Sequer pergunta se ele quer algo... acho que não comeu nada hoje!—Eu não. Vai você que já está acostumada com as manias do seu irmão. Eu vou relaxar na banheira, esse dia parecia interminável!—Ele acaba de perder a esposa, seja menos egoísta.—Lembra quando seu pai morreu? – Eleonora fala irônica.— Ele ficou do mesmo jeito que está; depois de algumas horas já estava na academia como se nada tivesse acontecido.—Ah mamãe, cada um tem seu modo de aliviar sua dor. Agora foi a esposa dele.—Faz-me rir! Qual a diferença; ele não gosta de ninguém. Fique aí se quiser, vou para meu quarto.Eleonora sai da sala ; Fabíola tenta uma conversa com seu irmão.—Oi Jordan, como está se sentindo?- ele parece não escutar.—Jordan? Sou eu, - Ele vira-se arqueando uma sobrancelha.—Qual é o seu problema Fabíola? Eu sei que é você.- Jordan balança a cabeça num gesto de reprov
Dias depois...Espera aí, o que..o que você está fazendo na minha casa??-Jordan se depara com sua secretária de pijama, bem na sua cozinha.—Desculpe senhor Jordan, não lhe vi entrar!!- Tereza quase derrama a papinha que preparava.— Éh...é que a babá se demitiu ontem cedo; sua mãe ficou com a Beatrice até eu chegar.-Maria Tereza enrola os longos cachos negros em suas mãos fazendo um coque, ela está nervosa.—Continue, Tereza! —É que sua irmã me ligou pedindo para vir até o senhor voltar de viagem..—E desde quando você obedece a tonta da Fabíola? Devia ter me comunicado.- Jordan pega uma xícara no armário, servindo-se de café.—É que ela ...ah, senhor Jordan; sua irmã me disse que lhe avisaria. Me perdoe!- Ouve-se um choro vindo do quarto, a babá eletrônica é acionada.—É sua filha, vou vê-la. Tereza sai correndo levando consigo uma tijela com a papinha para Beatrice. Jordan continua na cozinha tomando seu café, ele ri ao lembrar do estampado na pijama cheio de abelhinhas.—Ao men
—Bom dia, Maria Tereza .—Bom dia, Sr., eu fiz café.—Salvou o dia, quase não preguei os olhos esta noite.-Ele passa as mãos entre os cabelos bocejando em seguida.—Alguma preocupação??-Ela arrisca perguntar.—Ainda pergunta o porquê? – Ele agarra a xícara de café como se fosse dissolver suas questões.—Onde está Beatrice? Não há vi gritando hoje!—Gritando? Mas por qual motivo?—Sei lá! Só sei que as seis da manhã essa menina corre pelos corredores aos berros como um búfalo.—Não entendo; mas pode ter sido só uma fase que já passou. Por enquanto Ela está na sala de brinquedos desenhando. —Você por acaso trouxe de sua cidade alguma poção magica? -Ele a olha surpreso.—Pois, manter essa pirralha quieta logo cedo deve haver um mistério.—O mistério é deixar o ambiente propício para uma garotinha enérgica escolher como deseja ficar.—Então devo deixá-la tocar fogo enquanto observo. Tudo em prol do seu bem estar.-Ele aguarda uma resposta sensata.—Não foi o que disse! Apenas não dar comando
—Foi um dia incrível não acha Sr. Jordan? A Beatrice adormeceu de tão cansada.-Tereza a toma dos braços do pai. —Sim, ao menos divertiu-se . —Acredito que sua presença fez toda diferença, vou levá-la ao quarto. Jordan entendeu o recado da sua secretária. Por mais que ele comprasse brinquedos caros, a criança demostrou alegria com tão pouco: andando de pés descalços pelo parque, correndo pela grama sem fazer birras, sem desobediência. Qual a magia Tereza trazia consigo desde que entrou na sua casa? Ela não só era inteligente, mas tinha personalidade, destreza e beleza, aliás, muita beleza! Jordan admirava seu corpo cheio de curvas a cada movimento; seus cabelos eram como cascatas ao balançar do vento onde Jordan queria se envolver. Seus lábios, aah seus lábios ! Nunca havia visto boca tão convidativa que o fazia perder- se em pensamentos. Era uma mulher natural, cheirosa e simples; tinha mãos e pés delicados, ele gostava disso. O que jordan não entendia era o porquê desse sentimento