Narrado por Sara Lima
Vinícius já tava suando como se estivesse na final de um reality show. E não era de calor. Era de pânico puro.
— Sara, por favor, podemos ir pra casa, hein? — ele sussurrou, tentando parecer calmo. Tava mais desesperado que eu quando vejo batom vermelho em camisa branca.
Eu, de copo na mão e dignidade zero, dei risada. Daquelas que o sarcasmo escorre.
— Não! Eu quero jogar. É só eu dizer que sou Sara Vasconcelos, não é? Sim, eu sou dona disso tudo também... Vamos jogar! Quem sabe eu não ganho dinheiro, porque chifre eu já tenho demais...
Ah, sim. Eu tava na fase "falo mesmo e quem quiser que lute". E ele quase desmaiou.
— Sara, não diz isso...
Digo sim, amor. Digo e repito. Com sotaque, se quiser.
Fui direto na roleta, com uma energia meio suspeita (aquelas). Rodando, rodando... O jogo girando, minha vida girando, minha paciência girando.
— Isso! Quero o 14!
Vinícius já tava em modo "derrota desbloqueada".
— Quero o 14 também.
— Agora vai ficar no meu pé até no j