Narrado por Vinícius Vasconcelos
Acordei com o sol na cara e o gosto de café fresco no ar. Desci as escadas ao lado da dona Sara Lima — minha esposa de mentira, parceira de crime e... bom, uma surpresa ambulante. A mulher era linda, tinha aquele jeitinho frágil que dava vontade de proteger, mas ao mesmo tempo, uma língua afiada que já me deu uns cortes. E isso? Isso eu respeito.
O velho Rodrigo tava na varanda, xícara na mão e olhar de quem tava analisando cada movimento. Sorriu, mas eu conheço aquele homem. Ele nunca sorri de graça.
— Que bom! Vejo que os dois estão se dando bem — disse ele, como quem quer cutucar.
Puxei uma cadeira, joguei meu charme preguiçoso na mesa e larguei a bomba.
— Papai, tive a melhor noite da minha vida! Tenho que te agradecer por ter se esforçado tanto pra encontrar a noiva perfeita pra mim.
E pra completar o teatrinho, beijei a mão da Sara como se fosse princesa de novela das seis. Ela entrou no jogo com gosto.
— Seu Rodrigo, pois saiba que eu também tiv