Rafael me esperou em seu escritório. Ao passar pela porta, ouvi ela bater com um estrondo alto e pulei, surpresa. Ele não me olhou, passando direto por mim e apoiou o corpo na escrivaninha. O que estava acontecendo? Não entendi a razão dele ter me chamado, muito menos o motivo de sua frustração.
Ele cruzou os braços e só então me olhou. Seus olhos estavam frios, mas eu podia ver raiva irradiando deles.
- O que foi aquilo? – perguntou friamente.
- Como assim?
Ele soltou uma risada irônica.
- Como se você não soubesse. – passou a mão nos cabelos. – Quer mesmo que eu acredite que você masturbou uma garota e que ainda é virgem?
Soltei o ar, frustrada. Todo aquele alvoroço por causa disso?
-Não tenho motivos para fingir, Rafael. É minha vida pessoal, quem mais saberia da minha vida, se não eu mesma? – parecia que eu estava falando com uma criança. – Além do mais, o que isso tem a ver com você?
- Você tem um ponto. – falou a contragosto. – Mas não respondeu minha pergunta.
- Eu não preciso