cap 270. Confronto final
A madrugada estava escura e fria, o céu coberto por nuvens pesadas. O carro de Oliver cruzava ruas estreitas e pouco iluminadas da periferia da Filadélfia, com Judite no banco de trás, dando as direções com voz trêmula. Carmen, calada, observava tudo pela janela, como se contasse os segundos.
Antonella, no banco da frente, mantinha as mãos trêmulas sobre as coxas. O pensamento fixo, na filha.
— É ali. — disse Judite de repente, apontando para uma casa modesta e escondida entre árvores. — Segundo portão, perto da árvore caída.
O local parecia abandonado, silencioso demais para o caos que escondia dentro. As árvores em volta balançavam levemente, como se até a natureza segurasse o fôlego.
A viatura da polícia ficou estacionada a uma distância segura, como combinado. Nenhuma sirene, nenhum farol aceso, nenhum barulho. Apenas sombras entre os galhos, agentes posicionados, prontos para agir, mas invisíveis à primeira vista.
Antonella mal esperou o carro parar por completo. Assim