Um nó se formou em sua garganta, mas ela disfarçou com um sorriso pequeno, quase tímido. Nervoso.

— Você... fala como se me conhecesse.

Ele sorriu. Aquele sorriso. O tipo de sorriso que bagunçava pensamentos e provocava arrepios, mesmo quando o toque ainda não tinha acontecido.

— Talvez eu conheça. — Ele deu um passo adiante, a voz baixa e arrastada, como um segredo entre os dois. — Será que conseguiria adivinhar quem sou eu na sua vida?

Elisa ficou em silêncio, ela não entendia o poder que ele tinha sob seu corpo, sua voz, seu toque, aqueles olhos, era como se perto dele, ela não conseguisse ser ela, ou talvez ser quem ela acreditava ser.

Seu corpo inteiro entrou em colapso, um turbilhão de gelo e fogo em guerra sob sua pele. O coração batia forte demais, como se tentasse escapar pelas costelas. Ele se aproximou devagar, e o tempo pareceu passar em uma lentidão diante dos seus olhos.

Elisa prendeu a respiração quando sentiu o perfume amadeirado e intenso que exalava dele