O dia amanheceu acinzentado, como se o céu estivesse refletindo o humor sombrio de Collor. Ele havia passado a noite em claro, pensando em como desfazer a burrada que fez. Com a cabeça fria, ele sentou na varanda, e acendeu um cigarro. Collor não tinha costume de fumar, mas a raiva, o medo, o desejo de fazer Antonella ficar com ele a qualquer custo fez com que ele adquirisse a esse novo hábito.

— Caramba! O que eu fiz?— Murmurou, passando a mão pela testa, como se tentasse aliviar a dor latejante que o consumia.

Seus pensamentos começaram a arquitetar cada palavra e cada ação que ele diria e faria perto de Antonella, pois sabia que precisava recuperar o terreno perdido. No início, seu amor por ela era saudável e genuíno, mas desde o retorno de Oliver à vida de Antonella, seus sentimentos haviam se tornado doentios e obsessivos. Collor culpava Oliver por tudo, e o fato de Antonella ter engravidado dele durante a inseminação era, em sua mente, a pior coisa que já havia acontecido. Ess