— Mãe... — disse ela, a voz trêmula, quase engasgada pela pressa. — Eu preciso falar com você.
Nastasia pousou a caneta sobre a mesa e entrelaçou as mãos, observando a filha com um olhar firme, mas não impaciente. Leonarda permaneceu imóvel, mas seus olhos se estreitaram, captando a gravidade da cena.
— O que houve, Nastya? — perguntou a mãe, em tom sereno, como se quisesse acalmar a maré de emoções que a filha trazia consigo.
Nastya deu alguns passos adiante, hesitando por um instante. Era como se precisasse reunir forças para soltar o que carregava preso no peito.
— Eu... — respirou fundo, engolindo a angústia. — Eu preciso ir para o mundo humano.
A afirmação caiu na sala como uma pedra em um lago tranquilo. Leonarda arqueou discretamente a sobrancelha, mas se conteve. Nastasia, por sua vez, manteve a calma, mas dentro de si uma chama de curiosidade se acendeu.
— O mundo humano? — repetiu a mãe, como quem pede explicações a uma criança que ousa demais. — E o que exatamente você imag