Camila empurrou o portão da mansão com suavidade, o som metálico ecoando pela Rua Lírios Dourados. A cada passo no jardim iluminado, a sensação de ser observada ainda latejava no fundo de sua mente, mas ela forçou um sorriso ao entrar pela porta principal.
Na sala, seus pais estavam acomodados no sofá, conversando em voz baixa. Ao ver a filha, os olhos da mãe se iluminaram.
— Chegou tarde, meu amor — comentou, erguendo-se para abraçá-la. — Como foi o passeio?
Camila apoiou as sacolas sobre a mesa lateral, os olhos cintilando com entusiasmo contido. — Foi ótimo, mãe. Nós rimos muito, e… olha só — disse, puxando de dentro da sacola um vestido envolto em papel fino. — Este vai ser o que vou usar no meu aniversário.
O pai arqueou a sobrancelha, curioso. — Posso ver?
Camila abriu o embrulho e ergueu o vestido diante deles. O tecido leve refletia discretamente um mar de flores coloridas, em tons pastel com azul bebe, que pareciam mudar entre um azul profundo e um pastel suave, dependendo do