Cruzo os braços ainda de costas para ele.
—Eu não quero. Perdi a fome.
—Pare de agir como uma criança birrenta. Tudo que está acontecendo é por sua culpa. Não deveria ter entrado nessa se não estava disposta a ir até o fim.
Ainda de costas para ele questiono:
—Minha presença ao seu lado faz parte de todo esse teatro?
Escuto ele fungar.
—Também. Lembra da nossa trégua? Você não me provoca e eu te trato bem.
Eu limpo mais lágrimas. Agora elas são de raiva por tudo que minha irmã fez e por esse cabeça dura não acreditar nas minhas palavras.
Ele surge à minha frente.
Fico pacífica torcendo para ele se dar conta do erro que está cometendo, mas nessa hora uma empregada surge na varanda quebrando o momento. Imediatamente Rashid me puxa para os seus braços, com uma das mãos pressiona minha cabeça em seu peito.
Ouço seu agitado coração, seu perfume maravilhoso nas minhas narinas, seu calor envolvendo meu corpo.
A empregada se afasta e um ofegante Rashid me solta devagar. Suas íris negras encon