NICOLE
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Eu não sei quanto tempo eu passei estática, olhando pros meus pais, eu só tive alguma reação quando o meu pai se aproximou de mim e deu um tapa na minha cara.
— Eu quero que você pegue as suas coisas e caia fora daqui.
Eu olhei desorientada pra minha mãe, que estava com o rosto molhado pelas lágrimas, mas mesmo magoada, ferida, ela tentou interceder por mim.
— Não precisa expulsá-la, vamos conversar primeiro.
— Não tem conversa, nós demos tudo pra essa menina, e é assim que ela nos honra? Expondo nossa família? Como não percebemos isso antes?
— Pai, eu tentei...
— Cala a boca Nicole, você teve todas as chances do mundo pra falar pra gente a vida que você escolheu viver. Gritou.
— E o que isso iria adiantar? Iria mudar alguma coisa? Eu seria menos recriminada por isso? Você ainda iria me querer nessa casa? Perguntei aos prantos.
— Por favor, vamos tentar conversar, a vizinhança inteira deve estar escutado os gritos de vocês.
Minha mãe disse aflita, mas o meu pai estava f