NICOLE
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Eu nunca imaginei que um hospital pudesse ter um silêncio tão opressor, tão cheio de memórias e temores que se escondem nas paredes, nos ruídos leves dos monitores.
O Felipe estava ali, ao meu lado, mas parecia que ele havia se exaurido ao ponto de não conseguir ficar acordado. Eu o observava na poltrona, sua expressão cansada, como se o peso de tudo o que havia acontecido fosse demais para suportar. No entanto, ele não saía do meu lado, e isso era o que me mantinha firme naquele momento.
Foi então que o policial entrou no quarto, e por um segundo meu coração disparou. O homem se aproximou em passos firmes, o olhar sério, e eu sabia que ele trazia notícias, aquelas que poderiam significar o fim de tudo ou um novo começo.
Eu chamei pelo Felipe, como se quisesse que ele acordasse para ouvir o que viria, mas ele estava completamente entregue ao cansaço.
— Senhora Nicole?
O policial perguntou, a voz baixa, respeitosa, como quem carrega um fardo pesado e não q