Cristiano já não suportava aquele olhar dela.
Havia algo ali, frio e distante, como se ela já estivesse a quilômetros dele.
Antes que conseguisse dizer qualquer coisa, o celular vibrou seco de notificação.
Cristiano baixou os olhos para a tela.
Não dava para saber o que ele tinha lido, mas, no segundo seguinte, a expressão dele mudou drasticamente.
Quase ao mesmo tempo, o telefone voltou a tocar.
Era Bruna.
— Cris, se você não vier agora, vai dar coisa grave.
Do outro lado da linha, o desespero era incontrolável.
Misturado ao choro histérico de Bruna, vinha a voz fora de si de Lílian:
— Me soltem. Eu quero ir atrás do Mar. Eu quero o meu Mar. O Mar vai me proteger.
— Ouviu? — Disse Bruna, aflita. — A Lili entrou em crise de novo.
Cristiano franziu o cenho com força.
Ele lançou um olhar rápido para Isabela e respondeu ao telefone, em tom baixo e urgente:
— Estou indo agora.
Desligou.
Virou-se para Isabela.
Naquele instante, o afastamento nos olhos dela era tão evidente que o coração del