Na noite anterior, depois de tomar a decisão, fiquei acordada planejando todos os detalhes. Para demonstrar minha sinceridade, decidi oferecer minha empresa como garantia. No entanto, assim que entreguei os documentos para Jean, ele nem sequer olhou. Com um gesto simples, devolveu-os:
— Não precisa disso. Eu te empresto o dinheiro sem garantia, sem contrato e sem necessidade de cartório. Você paga quando puder.
Fiquei boquiaberta, os olhos arregalados de pura incredulidade. Depois de alguns segundos, consegui perguntar:
— Você confia tanto assim em mim? E se eu… não pagar?
Ele sorriu com elegância, um sorriso que trazia um misto de humor e confiança absoluta:
— Ainda não conheci alguém que tenha coragem de me dar calote. A Srta. Kiara quer inaugurar essa façanha?
Fiquei paralisada, e depois de um instante, a ficha caiu. Como pude esquecer? Ele era Jean! Quem ousaria não pagar uma dívida com ele? Seria o mesmo que assinar uma sentença de exílio em Cidade Saurimo.
— Não, não! Eu jamais f