Eu segui o olhar de Jean para o sobretudo que estava no chão. A parte atingida pelo ácido já tinha se carbonizado gravemente, como se tivesse sido queimada por fogo direto. Meu coração tremeu ainda mais forte, e eu senti um calafrio percorrer minha espinha. Eu não conseguia nem imaginar o que teria acontecido se aquilo tivesse caído no meu rosto ou na cabeça e no pescoço de Jean.
— E a Amélia? — Perguntou Jean de repente.
— Ela estava aqui agora há pouco. — Respondi, mas logo senti todo o meu corpo estremecer. — Será que ela foi atingida?
Eu me lembrei de que várias pessoas tinham sido atingidas e correram para o banheiro. O pânico tomou conta de mim, e eu saí correndo apressada naquela direção.
Quando cheguei, vi que Amélia estava com algumas gotas do ácido nas costas da mão e ainda mantinha a mão embaixo da torneira, deixando a água correr continuamente.
— Como você está? Se não melhorar, vamos ao hospital para um médico dar uma olhada. — Eu olhei para os pontos vermelhos na sua pele