Eu me encostei no peito dele, sentindo as vibrações de sua respiração, enquanto um profundo sentimento de culpa tomava conta de mim. Pensar que ele era tão bom comigo, enquanto eu ainda insistia em manter uma distância, fazia com que eu me sentisse ainda pior. Mas, por mais que eu quisesse, simplesmente não conseguia abrir meu coração para ele por completo.
— Jean… — Chamei com a voz rouca, encostando no peito dele.
— Hum? — Ele abaixou a cabeça, e sua respiração quente roçou meu ouvido.
Eu o empurrei levemente, criando um pequeno espaço entre nós. Respirei fundo para controlar as emoções e, com uma insegurança evidente, perguntei:
— Você realmente não está nem um pouco bravo comigo?
Ele ergueu a mão e, com delicadeza, enxugou as lágrimas que haviam escapado pelos meus olhos. Com uma calma impressionante, ele respondeu:
— Você já está passando por algo suficientemente difícil e doloroso. Se eu ainda ficasse bravo, só faria você se sentir pior.
Eu o encarei, incapaz de conter a profunda