— Eu moro sozinha, posso morar em qualquer lugar. Aquela casa me dá nojo. — Fiz questão de falar de forma cruel, deixando claro o quanto desprezava a mansão.
Mas, no fundo, tudo naquela casa tinha sido escolhido e decorado por mim com o maior cuidado. Eu adorava cada detalhe. No entanto, agora, nada era mais importante para mim do que o bracelete de jade que minha mãe deixou.
— Tudo bem. Quanto você quer? — Davi perguntou, sem rodeios.
— Oito milhões.
A verdade é que o valor da reforma e dos móveis deveria considerar a depreciação, mas eu não estava interessada em ser justa. Ele me magoou primeiro, por que eu deveria pensar no bem dele?
— Eu te dou quinze milhões. Amanhã à tarde podemos ir resolver a transferência. Mas você não precisa se preocupar em sair da casa imediatamente. Fique o tempo que quiser. — Ele respondeu, generoso, me surpreendendo.
— Eu quero só os oito. Nem um centavo a mais. E vou sair o quanto antes.
Não queria aceitar mais dinheiro dele. Isso me deixaria inquieta.