Eu parei de sorrir:
— Esse caminho foi você quem escolheu.
Davi ficou em silêncio novamente. Depois de alguns segundos, sua voz soou completamente derrotada:
— Tanto faz... Por mais que eu não me conforme, não consigo mudar o resultado... Você é muito mais cruel do que eu imaginava.
Dessa vez, fui eu quem escolheu o silêncio. Não respondi. Ele é quem havia me machucado primeiro, quem havia me encurralado até eu não ter mais para onde ir. E agora ele tinha a coragem de me acusar de ser cruel?
— Eu vou retirar o processo, e você aceita o acordo extrajudicial. Vamos encerrar isso assim. — Davi disse, em um tom de rendição, como um lutador derrotado que quer acabar logo com a luta.
Mas eu senti um incômodo. Por que ele sempre tinha que ditar as regras? Por que eu tinha que aceitar o que ele decidia? Não. Não dessa vez.
Com calma, respondi:
— Não importa se você retira o processo ou não. Eu não vou aceitar o acordo extrajudicial. Davi, as pessoas precisam pagar pelos próprios erros. Caso co