— Eu também não. — Respondi.
Jean continuou, e sua voz ganhou um tom mais firme:
— Quer que eu mande alguém aí agora para te buscar?
Abri a boca para responder, mas não consegui dizer nada. Segurei o celular, sentindo-me um pouco sem palavras. Após um momento de rendição, cedi:
— Tá bom... Só machuquei o braço, foi só um corte superficial. Já tratei, coloquei um curativo e pronto.
— Só um corte superficial? — Ele insistiu.
— Hum.
— Você tá no estúdio ou em casa?
— No estúdio.
— Volta pra casa, deixa isso aí pra amanhã. Tranca todas as portas e janelas e, se acontecer qualquer coisa, me liga. Eu resolvo.
Fiquei ali, escutando em silêncio as instruções dele, sem entender por que eu tinha que ser tão obediente e aceitar tudo o que ele dizia. Nós não éramos nada um do outro. Absolutamente nada. Mas ele agia como se fosse meu namorado, tomando decisões por mim.
— Olha... Ele já foi embora, tá tudo bem agora. E, sério, é só um machucadinho, não precisa ser tão...
Eu queria dizer que ele não