Você só pode estar de brincadeira

– Não! – Ela se rebelou pela primeira vez, o que deixou alguns convidados de boca aberta. Mas muitos deles ainda estava adorando toda aquela cena absurda. – Eu os peguei juntos. O Cesare e...

– Não faça besteira, Madison. – Seu marido disse de forma reprovadora.

– Dizer o que? Do que você tem medo Cesare Santorini? – Ela respira fundo varias vezes, de forma tão rápida e sem ritmo que em um momento de distração, imitando ela, seu pai fica sem ar por alguns segundos. – O que acha que as pessoas vão pensar quando souberem que você dorme com a sua cunhada? O seu irmão sequer foi enterrado direto. Tem o que? Um mês que ele morreu? Por deus, ela é a minha irmã.

– Filha, nós vamos resolver isso depois do casamento.

Ela ri alto, jogando a cabeça para cima. – Que casamento, papai? Todos nós sabemos que isso é uma fraude. Você nos forçou a casar. Eu não vou ficar com esse homem.

– Vamos entrar. A festa acabou! – Ele grita para os convidados, mas nenhum deles está interessado em perder aquele tipo de entretenimento tão raro quanto um pássaro verde sobrevoando Londres.

– Sabe, eu me arrependo amargamente de ter me entregado a você. Talvez se eu tivesse conhecido seu irmão primeiro... – Ela sequer termina a frase, porque ele segura em seu braço de uma forma tão rude que a deixa roxa. E ele a arrasta para dentro, a jogando sob seus ombros, enquanto sua cunhada e amante esta nua na frente de todos, ainda dentro da fonte de água.

E mesmo com o vestido agora pesado e encharcado, ele não se importa em levar sua esposa nos ombros como um saco de batatas. Não importava a forma como ela se debatia ou o jeito que o agredia. Ele não parou um só segundo. Seu terno de casamento estava um caos, tanto quanto o vestido dela. Porque além de desalinhado, ela o amassou e sujou completamente quando arremessou coisas contra ele.

– Você não vai me afrontar na frente dos convidados.

– Não tem mais convidado algum aqui, Cesare. O que você pretende fazer? Vai me b**er? Vai, b**e!

E ele realmente estende sua mão perto do rosto dela, mas ele recua, apertando seus dedos em punho cerrado que estala. Ela nota todos aqueles anéis de ouro branco maciços em seus dedos, e imagina como aquilo poderia ter doido. Mas ele não bateria nela. Apesar de ser um canalha, Cesare Santorini não chegaria tão longe com uma mulher. Ele era o homem do prazer e não da dor, a menos que andassem juntos.

– Você precisa se acalmar. Sabe que não tem outra saída além de ficar ao meu lado.

– Eu prefiro ir para qualquer lugar. Mas eu não vou ficar com você.

E ele avança em direção a ela, pressionando o delicado maxilar da Madison Reese entre os seus dedos. E não importa o quanto ela chore por isso, ele ainda continua a fazer. Mas quando um biquinho se forma em sua boca por causa de suas mãos, ele cinicamente ainda tenta beija-la mais uma vez. Só que a Madison Reese não aceita mais os beijos dele.

Ela nunca mais o deixará toca-la. – Eu não sou sua propriedade. Você não manda em mim. Eu vou fazer o que quiser da minha vida de agora em diante.

– Você é minha, porra! Você casou comigo, e agora é a minha esposa. E você vai ficar aqui ao meu lado. Você jurou isso.

– Eu não sou a sua esposa, Cesare. Nunca fui.

– Você assinou aqueles papéis, então legalmente você é. E você vai aprender a me amar. Nós vamos nos entender, porque eu vou fazer de você uma mulher, Madison Reese Santorini. – E segurando um mexa do seu cabelo, ele a cheira, saboreando todo o perfume doce que exala daquela pele perfeita e jovial, maculada apenas por algumas sardas que ele adorava brincar de deslizar os dedos após o sexo. Porque elas eram como a sua constelação particular, e ela era o seu céu. Mas ele a trocou pelo inferno, e pelo caos que era aquela mulher traidora.

– Nós não consumamos o nosso casamento. Eu não sou a sua mulher, Cesare. E eu nunca vou ser uma Santorini. Eu tenho ódio de você, tem um ódio do seu sobrenome.

Mas aquela forma como ela disse sequer o ofendeu. Tudo que saia dos lábios macios e pequenos da Madison Reese o encantava, mesmo que fosse magoa-lo. E para ele, o pensamento disso era ridículo.

Ele avançou sobre ela, a arrastando até uma parede, onde a pressionou, e ele se esfregou nela, mostrando que ele estava pronto para consumar aquele casamento. E ele também passou a mão pelo corpo dela. – Nós vamos resolver isso agora. Aqui mesmo se você quiser. – Disse, quando tentou beija-la.

– Não toca em mim! – ela praticamente gritou ao falar aquilo, porque ela realmente não queria. Como ele conseguia pensar nisso num momento como aquele? Era tão absurdo como de fato ele fazia parecer.

Mas para ele, pouco importava se a estava magoando mais. Ele garantiria que ela ficaria ao seu lado. Ele tinha uma verdadeira obceçao por ela, mas ele também era orgulhoso e soberbo demais para admitir aquilo a ela. Então ele tentou beija-la mais uma vez, enquanto suas mãos percorriam por lugares que a Madison tentava impedir.

– Para de besteira. – Sua voz saiu rouca e cheia de prazer, enquanto estava levemente abafada por seus lábios que tocavam o canto da boca da Madison Reese. Mas ela desesperadamente recolheu seus lábios para dentro, numa tentativa de que ele pare. – Para vai, vamos voltar para a cama. – Ele disse com uma voz jocosa, quando seu tesão atingiu um pico de vontade de possui-la. Mas ela era como uma estátua.

– Você não estava na cama comigo, imbecil! – Respondeu entre dentes.

E ele parou por um segundo e viu como ela estava paralisada, olhando para a frente com seus lindos olhos esbugalhados. Não porque estava em choque ou qualquer coisa do gênero. Ela só queria mostrar a ele que não importava mais o que ele fizesse, não surtiria efeito algum. E irritado, ele a empurrou para longe.

– Assim eu não quero, porra! Parece uma morta viva. – Ele ainda passa as mãos pelo cabelo liso escorrido em meio a testa levemente suada.

– Se você quer continuar casado comigo, é assim que vai ser de agora em diante.

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