Traida no dia do casamento- O acordo.
Traida no dia do casamento- O acordo.
Por: Carolis
O flagrante

Quando Madison Reese foi forçada a se casar com um homem que não a amava, ela sabia perfeitamente que ele não a trataria bem. Ele nunca foi uma boa pessoa para ela. Na verdade, Cesare Santorini era o tipo de homem que não foi feito para qualquer mulher.

Ela ainda estava vestida de noiva quando se sentiu sozinha naquela festa tediosa. Então, arrastando os seus pés doloridos em um salto muito alto, ela entrou na mansão bem iluminada. Estava completamente vazia ali dentro. Todos os convidados do casamento se divertiam do lado de fora, exceto ela. Não havia motivos para felicidade. Não importava o quanto ela gostasse dele e o quanto se casou por amor, aquilo não parecia certo. Ter alguém que não a quer não era o ideal, e não era o aceitável. Mas quando seu pai conservador soube que ela se entregou a ele depois que o Cesare Santorini invadiu o colégio, pulando os muros para encontra-la, como um adolescente que ele estava muito longe de ser, quis que se casassem. Ele deveria assumir a responsabilidade por ela, e por não ser mais virgem, porque a notícia já havia se espalhado pela pacata cidade.

Ela subiu as escadas, focando seus olhos verdes no topo. “ Só mais um passo”, ela pensou, enquanto seus pés doíam absurdamente. E quando se viu, finalmente em seu destino. Celebrou sua vitória com um lindo e breve sorriso de satisfação.

Ela caminhou pelo corredor, olhando para o chão. Poderia ter tirado os sapatos assim que entrou em casa, mas ela não queria irritar ainda mais o seu marido. A verdade é que ele odiava vê-la agir como a garota por quem disse que estava apaixonado apenas para seduzi-la. Então, ela continuou como estava, com seus pés doloridos, por que não tinha muita escolha sobre isso.

Ela estava muito perto do seu quarto, e ainda tinha aquele pequeno sorriso de bom humor em seus lábios, mas eles foram se desfazendo a cada gemido que invadia os seus ouvidos. Seu coração doeu como se adagas a estivessem golpeando. E ela pensou em voltar, em não abrir aquela porta, o problema é que ela ainda precisava saber quem estava ali dentro. Mas as lágrimas já antecipavam o que estava por vir. E antes que ela empurrasse a porta por completo, pôde ouvir os gemidos mais altos.

– Eu te amo. Te amo demais. – Uma voz masculina disse em meio a gemidos e beijos estalados.

Madison arregalou os olhos e praguejou mentalmente, sozinha. Ela levou a mão a boca quando a imagem percorreu sua retina e foi decodificada pelo seu cérebro, mas ela ainda demorou para processar. E parada ali, ela continuou a observar toda aquela cena absurda.

Seu corpo reconhecia aquela forma de fazer amor, e aquelas palavras que ele dizia para outra mulher agora. Então, ela chegou mais perto deles, mas estavam tão envolvidos que sequer notaram os passos estridentes dela contra o carpete. Ela ainda chorava muito enquanto os via cada vez mais próximo.

– Se me ama, porque se casou com outra mulher?

E então aquela voz também lhe soou familiar. A Madison Reese ficou parada ali por algum tempo, enquanto esperava por respostas. Enquanto tentava pensar num motivo plausível para o seu marido estar dentro da sua cunhada. Mas a verdade é que não havia nenhuma explicação para aquela atrocidade. Fazia tão pouco tempo que o seu irmão havia morrido que sequer deu tempo de esfria-lo no caixão.

– Você sabe que eu fui obrigado. – Os beijos ainda eram intensos. – E além disso, você era casada com o meu irmão. Eu nunca poderia assumir você!

– Você é um babaca mesmo! – A mulher se levantou da cama, o empurrando de lado. – Eu nem deveria ter vindo até aqui. Se a minha irmã descobrir que... – E quando seus pés tocam o chão, aquela mulher paralisou no lugar.

– Você veio por que sabe que não consegue ficar sem mim. – Ele debochou, sem perceber que a sua esposa estava ali, o observando. E então ele notou como sua cunhada pareceu tão chocada. – O que foi? – ele desliza seus dedos pelo braço da mulher e finalmente olha para a frente.

Seu coração praticamente parou de bater quando ele vê aquela mulher parada ali. E o seu rosto que estava sorrindo, se torna serio pela primeira vez.

– Não vai dizer nada? – A sua cunhada perguntou, mas a Madison estava paralisada demais para dizer qualquer coisa.

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